*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

terça-feira, 20 de julho de 2010

Nado Cabral

Escrevi e apaguei várias vezes até chegar a esse texto final.
Escrever sobre amigo recém falecido é terrível, mas no caso do amigo Nado Cabral faço questão .
Irreverente como sempre , nos deixa sem despedidas.
A última vez que vi o amigo foi no Stammtisch desse ano em Pirabeiraba.
Ousado, contava de sua nova empreitada , que era a participação num programa de TV e até sugeriu que fizéssemos um programa de televisão , tipo reportagem, “aos moldes do Sportecenter da ESPN apresentado pelo Antero Greco e amigão Paulo Soares”.
Respondi, que já tinha pensado em algo semelhante , só que com um outro amigo radialista, mas que seria uma honra estar ao lado de tão irreverente e criativa pessoa.
Disse ainda que só não conseguia vislumbrar, quem patrocinaria um programa quase de humor com novatos. Ele riu.
Tecer elogios a quem já se foi pode parecer meio piegas, entretanto no caso do Nado Cabral é qualquer coisa de obrigatório, haja vista a pessoa legal, gente boa e principalmente simpática e cativante que era.
Diferentemente de várias pessoas , acredito que se deva sim , falar de quem já se foi.
Justamente para manter seu legado, numa cronologia retro , só me lembro de ter ficado tão chateado quanto agora, quando nos deixou o Bolacha de São Chico, João Pessoa Machado , Estica da Baumer Motos, apenas para citar alguns.
Com a permissão do Toninho Neves gostaria de reproduzir aqui no seu site, uma entrevista feita pelo AN na ocasião dos 156 anos de Joinville , onde o amigo Nado deu a seguinte entrevista.
Que Deus o tenha querido !!!!!

Paulo Curvello
"Nado Cabral chegou em 1976 a Joinville. Amante das mesas de bar, o publicitário de 50 anos não se lembra de ter passado mais de quatro dias longe do boteco. Freqüentador da vida noturna desde o fim dos anos 70, ainda se recorda da época em que as festas joinvilenses aconteciam no antigo bar Dietrich, na esquina das ruas Príncipe e Princesa Isabel, onde hoje funciona um estacionamento. “As melhores festas e o bom chope de bar eram concentrados lá, no Dietrich. Nessa época, o pessoal também gostava de beber uns chopes no bar do Cine Hotel Colon. Todo mundo ia lá.”
Mais tarde, em 1980, o Tênis Clube foi o grande ponto de encontro. Também o Bar do Museu, na rua Jaraguá, recebia os boêmios, lembra Nado. As noites de sexta-feira e sábado eram marcadas pelos grandes bailes na Harmonia Lyra, na Liga de Sociedades e no Tênis Clube. Assim como nos anos 90, a boate Rariah, o popular “Gina” – Sociedade Ginástico – e o Baturité seguiram a trilha de lugares onde os joinvilenses festejaram a juventude.
Com a autoridade de quem viveu todas as fases da história recente do município, Nado acredita que Joinville é outra. “A cidade está bem acessível. Você sai de segunda a segunda. Há bastantes restaurantes e a própria cultura mudou. Joinville está no caminho das grandes cidades que concentraram os bares e toda a vida noturna em algumas ruas. Isso é um bom sinal.”
Mas a nova era na noite não tirou a paixão do joinvilense pelas mesas de toalha xadrez. “Tem muita gente que ainda procura o popular boteco. É só observar quanta gente vai em bares como o Zeppelin e o Botequim da Frau”, sustenta."

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