*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Fechamento do Museu da Bicicleta

Amigos Ciclistas e Amigos do Pedala

Mais uma vez, agradeço o empenho e o posicionamento do MPJ no que toca ao Museu da Bicicleta, ação esta, dentro dos princípios que norteia o movimento na busca de soluções e/ou encaminhamentos para todos os problemas relativos ao uso da bicicleta, a preservação de sua história, bem como as questões relacionadas à mobilidade urbana em nossa cidade. Em respeito ao grupo, e na qualidade de membro do MPJ; além de envolvido diretamente no caso, desde a implantação do MUBI desde 2000, parece importante relembrar algumas coisas, tendo em vista uma reunião em agendamento. Desde sua inauguração em 09 de março de 2000, o MUBI vinha prestando todo tipo de serviço pertinente a uma instituição dessa natureza, na forma de monitorias para as escolas de Joinville e região, no atendimento a todo tipo de turista com demanda para nossa cidade, sem qualquer tipo de discriminação ou imposição de qualquer espécie quanto a credos, opção sexual ou de côr. Razão pela qual, nunca, nestes 10 anos, figurou em qualquer veículo de imprensa local e nacional, em matérias que manchassem o nome de Joinville ou do Estado de Santa Catarina. Ao contrário, ele ajudou SC a ser referência por possuir o único museu de bicicleta da América do Sul. Sempre foi e é citado em todas revistas de turismo, e figura no Guia Quatro Rodas Brasil com recomendação de visita. Também figura no mais importante guia internacional de turismo editado pela Lonely Planet da Austrália, juntamente com mais dois museus da cidade. Ao longo desse periodo, foram incontáveis as matérias televisivas de repercussão nacional, sem contar as matérias de jornais e revistas, que somam rico material de clipagem dessas ações museológicas. Enquanto o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), trabalha pela criação de museus pelos municípios brasileiros, inclusive com farta disponibilidade de verbas (basta acessar o site para confirmação), por aqui fechamos museus, como a PF fecha bingos e casas de jogos de azar. As justificativas serão muitas. "è uma relação que afronta o Ministério Público"...."Vamos criar espaços de memórias. inclusive o da bicicleta"...."Prevemos uma nova leitura para o espaço ferroviário e o futuro Parque da Estação".... . Sinceramente, eu poderia ficar uma manhã inteira escrevendo sobre essas argumentações que, na realidade, escondem projetos pessoais para deixarem a "tal marca" da gestão. A culpa, com certeza, será debitada ao Valter Bustos. Jamais irão mencionar o teor de nossas reuniões a portas fechadas, e das cafajestices que me foram apresentadas. Como diz o velho ditado "o que aconteceu em quatro paredes, morre por lá". É importante que vocês marquem presença e ouçam tudo. Eles sairão em pouco mais de dois anos, assim é a ordem das coisas. Quanto ao MPJ, é uma entidade quem tem seu espaço e permanece. Busquem sempre o melhor para o coletivo, e sejam imparciais. A cidade, nossos ciclistas, os objetivos do movimento, as lutas em busca de resultados, essas são as metas. Tenho refletido bastante nesse periodo, e digo a vocês que valeu cada minuto de luta para manter o MUBI aberto. Em 2005 quando houve a mesma tentativa, a comunidade se envolveu e vencemos a luta. Foi "medalha de ouro". Como costumo dizer me apropriando de um epsódio histórico, o dia 04 de março, foi o "11 de setembro para o MUBI". A política corrompe e destroi as coisas boas. Essa seria a única coisa que eu mudaria em tudo isso: a política. Grande abraço.

Valter F. Bustos
Jornalista; Coordenador do Museu da Bicicleta (MUBI)

(047) 9984-0963

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