*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

terça-feira, 6 de abril de 2010

Licitação e empreiteiras,por Paulo Curvello

Imaginem leitores, vocês tendo que fazer uma reforma nas suas casas. Coisa pequena.

Aumenta a sala, estica a lavanderia e faz mais um quarto. Para isso vocês vão atrás de três orçamentos.

Primeiro vão naquele cara meio esquisito, que por vezes deixou clientes na mão ,mas que é simpático. Ele faz um orçamento e você guarda.

Segundo orçamento você procura aquele cara quebrado, só não quebrou de vez ,porque sempre tem um otário como você que solicita um orçamento. O cara pinta de cafajeste e te entrega o orçamento.

Um orçamento calcado em material de quinta categoria de origem duvidosa e com mão de obra semelhante.

Terceira opção, o cafajeste completo. Ele quer te convencer de não fazer a reforma, quer apenas iniciar e depois fazer todo um jogo de cena , desde que você engane sua esposa e por fora de oferece uns trocados de volta.

Em fim você está futricado e mau pago. Isso é o que acontece com uma prefeitura . Primeiro ela quer fazer, depois ela quer enrolar e depois ela quer apenas fingir que fez.

Tudo por causa da famigerada propina. Agora pensem leitores, como pode vocês fazerem orçamento com picaretas. Como pode vocês procurarem preço e não qualidade? Como pode alguém em sã consciência ir atrás de uma qualidade muito inferior a mínima concebida.

É isso. Exatamente isso que acontece com tapa buracos, remendos, e obras terceirizadas e licitadas por empreiteiras.

Eles colocam o valor mínimo do mínimo para ganharem uma licitação. Realizam o mínimo possível, com um material de mínima qualidade.

E ainda tem os 20%.

Dá para ser feliz com uma matemática dessas????

Paulo Curvello

Balneário Camboriú

curvell@terra.com.br

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