Eu e me irmão estávamos a trocar e-mail e falar sobre a tragédia presumida que se abateu sobre o RJ.
Ele, que ainda mora lá, me fez uma pergunta:
Na minha opinião, qual seria a solução para a desocupação das favelas do Rio de Janeiro?
Ele gostou muito da resposta, e como é por demais crítico, achei interessante compartilhar com vocês.
Primeiramente iria ver a possibilidade de se fazer um PPP (parceria público-privado), que consistiria em o município do RJ, fazer conjuntos residenciais para os atuais moradores, devidamente cadastrados.
Essa área de risco , que no caso do RJ está numa área privilegiada, com vista para o mar, seriam construídos condomínios de altíssimo luxo. (Aí entrando a parte privada.)
Esses terrenos que custariam uma fábula, viabilizariam os conjuntos residenciais em parte ou totalmente.
Dentro desses conjuntos residenciais teria posto da PM , Pronto atendimento, Escola, lazer e toda a infra-estrutura necessária para se dar cidadania a essa gente.
Os apartamentos não poderiam ser vendidos , nem alugados. A fiscalização teria que ser uma constante. Com regras claras, vendeu ou alugou, perdeu.
Seria dado incentivos fiscais para que se instala-se fábricas no entorno dos conjuntos , sendo que um dos critérios para a concessão dos incentivos , seria a utilização de mão de obra da região, em especial do conjunto recém criado.
A forma de retirada seria por via judicial, ou seja , cumpra-se.
Se para cumprir a decisão judicial se faz necessária a utilização de força. Assim seja.
Como o carioca é , festeiro, gente boa etc. Tudo isso seria feito com muito samba , funk e tudo mais que o povo quiser, desde que sumam daquele local.
Aproveitando a oportunidade de te-los felizes por estarem adquirindo imóveis dignos , com chances reais de emprego , etc., seria ofertado a todos também a ligação de trompas e vasectomia. Tudo dentro da Lei.
No caso para incentivar esses métodos contraceptivos por parte da população , seria dado como bônus isenção de 5 anos de IPTU e um crédito no valor de algo em torno de R$ 3.000,00 , que poderiam ser gastos como quiser.
Isso seria feito morro por morro na região sul , onde o valor do terreno é alto e a vista maravilhosa. Nas regiões menos nobres o Estado bancaria a retirada sem a contrapartida do PPP , ocuparia esses morros com escolas , quartéis da PM , batalhões das forças armados, fábricas , áreas de lazer e turismo. Sempre preservando grande parte para a mata atlântica que um dia já esteve ali.
Com certeza é uma boa idéia. Em colocando em prática, dará certo. E por isso mesmo, jamais será feito.
Encerro assim como começou com uma indagação.
Todos viram o choro do governador Sergio Cabral na ocasião da discussão sobre os royalties da Petrobrás. Alguém viu ele derramar uma lágrima agora quando mais de 200 conterrâneos seus morreram?
Paulo Curvello
Balneário Camboriú
Servidor Público Estadual
curvell@terra.com.br
Um comentário:
Nossa, que cruel comparação de choro. Pois na verdade o que diz se vamos chorar ou não é nosso corpo, nossa estado emocional no momento. Nós não sabemos o que Cabral estava passando naquele momento, como ele estava se sentindo...Crueldade do autor...
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