*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Policiais...ainda da coluna do Moacir Pereira

Não é diferente o cenário na área da segurança pública, mas por outros motivos. Ali, ficam cada vez mais distantes os esforços de pacificação dos conflitos entre policiais civis e militares. Incidentes recentes registrados em Imbituba e Joinville e casos antigos do livro de ocorrências graves no Vale do Itajaí colocam as duas corporações em um quadro preocupante.

Coronéis da reserva da Polícia Militar, por exemplo, estão no limite do esgotamento e da paciência, o que também ocorre com os da ativa. O bruto pode chegar a R$ 15 mil, mas recebem apenas R$ 5 mil ou R$ 6 mil, pelos descontos e bloqueio. Cobram promessas do governador de atendimento de seus pleitos. Estão com salários bloqueados há anos. Alguns benefícios concedidos por Luiz Henrique oneraram ainda mais. Houve real elevação da remuneração total, mas o líquido recebido caiu, pela incidência maior de tributos. Querem paridade salarial com os delegados de polícia. Historicamente, sempre ficaram atrás.

Os delegados, por seu turno, também declaram-se com os prazos esgotados. Fizeram uma greve com a devolução dos presos do Presídio Central e advertem que o procedimento poderá se repetir. É pressão para que o governo cumpra a prometida liberação do teto, para cancelar o bloqueio e autorizar a reposição. A aspiração deixou de ser só dos delegados e envolve toda a estrutura da Polícia Civil. Se o governo der aumento real para a Polícia Civil, são consideradas imprevisíveis as reações na área militar.

A Polícia Militar quer melhor tratamento. Atua com 13 mil homens, contra 3,5 mil integrantes da Polícia Civil. Como o comando da Secretaria de Segurança está entregue aos policiais civis, os militares estão quase sempre correndo atrás do prejuízo.

Fonte:Diário Catarinense(28/10/2009)

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