No dia 22 de maio de 2009, o pescador Paulo César Santos de Sousa, tesoureiro da Associação dos Homens do Mar (AHOMAR), do Rio de Janeiro, foi assassinado com três tiros no rosto e dois na nuca. Sua casa foi invadida e revirada à procura de documentos. Que documentos seriam esses que motivaram um brutal assassinato?
Paulo se afastou das funções por motivo de saúde e por medo das ameaças de morte que membros da entidade vinham sofrendo. Ele dizia que corria risco de vida porque estava atrapalhando a obra da Petrobrás. Paulo era um dos líderes da Entidade Ahomar que luta contra o projeto da Petrobrás, consórcio Oceânica e GDK, de instalação de dutos de gás liquefeito da Petrobrás. O projeto causaria mortandade de peixes, prejudicando pescadores que há anos sobrevivem da pesca.
Por conta das denúncias feitas pelos pescadores, as secretarias municipais de Meio Ambiente e da Fazenda, a Prefeitura de Magé e o Conselho Municipal de Meio Ambiente vistoriaram o canteiro de obras do GLP e o interditaram pois havia mais de 42 irregularidades. Nesse mesmo dia Paulo foi assassinado.
O progresso implicaria sempre no prejuízo dos mais pobres? O projeto GLP, um dos projetos do PAC na Baía de Guanabara, tem impactado o meio ambiente e inviabilizado a atividade da pesca artesanal, principal forma de sustento de cerca de 3.000 pescadores.
Colaboração:Milton Wendel
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