Por mais que se saibam os riscos inerentes à profissão ao qual abraçamos, é sempre difícil e dolorosa para os amigos e principalmente para os familiares a perda de um companheiro e de um pai de família.
Lamentavelmente, o episódio ocorrido ontem tem se tornado quase que rotina nas instituições militares estaduais, seja no Bombeiro ou na Polícia Militar, o que denota um claro aumento da violência em Santa Catarina, ao contrário do que apregoa a propaganda do Governo.
Temos alertado e denunciado os diversos problemas na segurança, oriundos de um modelo de gerenciamento politiqueiro, propagandista, que visa apenas os interesses notadamente pessoais e que tem como custo, a vida de policiais, bombeiros e agentes prisionais, somado com a insegurança social.
O efetivo de Policiais Militares em Santa Catarina encontra-se atualmente nos mesmos patamares que tínhamos na década de 80, enquanto que a população do Estado mais que dobrou neste período.
O presídio regional de Joinville, por exemplo, no dia de ontem, encontrava-se apenas com 4 (quatro) Policiais Militares para fazer a segurança de um estabelecimento penal onde se encontram atualmente cerca de 750 detentos.
Não há como ignorar o fato de que o reduzido número de Policiais que trabalham no local todos os dias (o que é percebido pelos apenados) seja um incentivador para que os mesmos se encorajem e elaborem planos de fuga, os quais levam às comunidades a um constante medo e custam a vida de pais de família e de trabalhadores.
A morte do Sd Jackson, assim como a morte do Sd Sidney, a pouco mais de um ano atrás (sendo que esta foi na Penitenciária Industrial de Joinville), poderiam ter sido evitadas, se tivéssemos nos referidos estabelecimentos prisionais o número de Policiais ideal para que a missão de fazer segurança em tais locais fosse cumprida com êxito.
É urgente que o Comando das instituições de segurança pública (no caso específico o Comando da Policia Militar), reveja seus valores e conceitos no tocante aos trabalhadores da área sob seu comando, substituindo a política do terror, do medo e das perseguições, por uma lógica gerencial que se paute na dignidade e no respeito e que passe a cobrar das autoridades civis constituídas uma solução para os diversos problemas por que passam seus comandados, do contrário teremos ainda que lamentar mais situações como estas.
Chega de discursos, chega de ignorar fatos que estão mais que claros.
A segurança pública e seus profissionais precisam de respeito, de dignidade e de pessoas que de fato se preocupem com a sociedade e com trabalhadores.
Estamos cansados de hipocrisia e mentiras, pois estas tem custado às vidas de homens honrados e de pais de família.
HONRA E GLÓRIA AO SOLDADO JACKSON
Diretoria da Aprasc
Sd Elisandro LOTIN de Souza
Vice Pres. da APRASC (Associação de Praças de SC)
Fone: (48) 8824-3293 - Fpólis - SC
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