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domingo, 2 de agosto de 2009

Eleição atípica em Santa Catarina,por Cláudio Prisco

Apreciando com atenção o cenário político desde 1982, quando foram restabelecidas as eleições diretas para os governos estaduais, será possível constatar que, em Santa Catarina, nunca o processo eleitoral deixou de ter candidaturas naturais. Quando se fala em naturais e favoritas, não necessariamente vitoriosas nas urnas.

Jorge Bornhausen governador, transformou o secretário dos Transportes, Esperidião Amin, em candidato oficial e consequentemente natural, contrariando as pretensões do vice Henrique Córdova e dos deputados federais Victor Fontana, Adhemar Ghisi e João Linhares.

Do outro lado, dois candidatos estavam no páreo: o senador Jaison Barreto e o deputado federal Pedro Ivo Campos. Em pré-convenção do PMDB, Jaison foi o escolhido.

Em 1986, Pedro Ivo assumiu a condição de candidato natural e, assim como Amin quatro anos antes, elegeu-se. Não foi diferente com Vilson Kleinubing, em 1990.

Já quatro anos mais tarde, o nome natural seria novamente Esperidião Amin que, na última hora, jogou tudo para o ar e lançou-se à Presidência da República. Sua mulher, a deputada federal Ângela Amin, incorporou a candidatura natural do marido, mas acabou surpreendida pelo peemedebista Paulo Afonso Vieira.

Mais duas vezes Esperidião Amin foi candidato natural: 1998 e 2002. Ganhou a primeira como candidato da oposição e perdeu a segunda quando buscava a reeleição. Luiz Henrique da Silveira foi o Paulo Afonso da nova década.

Em 2006 LHS fez prevalecer seu favoritismo e sua candidatura natural, circunstância inexistente pela primeira vez no Estado, nos últimos 28 anos.

O pleito de 2010 está aberto (sem candidato natural) porque o casal Amin não tem mais a supremacia de votos para garantir a eleição no segundo turno e também pelo fato de Luiz Henrique não poder disputar um terceiro mandato consecutivo.

Eleição aberta quer dizer que qualquer um poderá se eleger, dependendo das candidaturas homologadas no turno inicial e das composições a serem formalizadas na grande final, quando dois candidatos vão se enfrentar num processo de caráter plebiscitário.

Isso quer dizer que estão no páreo os três nomes da tríplice aliança (Leonel Pavan, Raimundo Colombo e Eduardo Moreira) e as três alternativas oposicionistas (Ideli Salvatti, Ângela Amin ou Hugo Biehl).

Embate eleitoral de resultado absolutamente imprevisível!

Fonte:Blog do Prisco(02/08/2009)

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