...Nem Florianópolis tem condições de receber tantos turistas.Leia a matéria abaixo...
Se você reside na Ilha de Santa Catarina e aqui pretende continuar com a família, comece a pensar seriamente em novas alternativas de vida, ou de transporte. Admita que a Ilha tem limites físicos, até por sua formação geográfica, e não comporta receber um milhão de visitantes durante a temporada. A solução mais lógica e racional neste momento é examinar a hipótese de cobrança de pedágio. Aliás, como já acontece em outra ilha, a de Fernando de Noronha. Ali, paga-se para entrar. E o número de turistas é limitado. Há, contudo, uma grande diferença. Enquanto Fernando de Noronha está isolada e distante do litoral pernambucano, Florianópolis tem duas pontes. Ou estuda-se uma forma de limitar o fluxo de veículos ou o caos será muito maior em futuro próximo.
Pedágio, aliás, que já se impõe até fora das festas de fim de ano e do verão. Nos dias normais de semana perde-se tempo enorme em filas intermináveis, especialmente, no acesso ao sul da Ilha e, de forma ainda mais dramática, no acesso ao Continente.
O sistema de rodízio, adotado em São Paulo, e outras cidades grandes, não funciona. Privilegia os ricos que compram dois ou três carros, com placas de números alternados, e penaliza os pobres.
Londres cobra pedágio de carros particulares que procuram a área central. O que o poder público faz com a receita? Investe na qualidade do transporte público, que já é eficiente. Cingapura, outra ilha que agora está ligada por pontes, também criou a tarifa para ingresso. No centro, as restrições são ainda maiores e o pedágio mais oneroso. De graça, circulam apenas ônibus, táxis, bombeiros e polícia.
O que não dá é para continuar este caos, que novamente castiga a maioria da população. Ficar duas horas em congestionamentos gigantescos para ir ao Sul da Ilha, dentro de um ônibus sem ar condicionado, com temperaturas de 35ºC é um suplício. Ninguém se sensibiliza com este drama?
Fonte:Diário Catarinense(02/01/2010)
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