*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Rios causam alagamentos e preocupam engenheiros

Quatro rios são os que mais preocupam os engenheiros da divisão de drenagem, principalmente pelos alagamentos nas temporadas de chuva na cidade. O rio Jaguarão corta o bairro Anita Garibaldi, provoca alagamento em várias ruas da região e deságua no Cachoeira, sofrendo influência das marés. O Águas Vermelhas nasce no distrito industrial, corre paralelo à BR-101 até o Itapocu e geralmente causa problemas com enchentes no bairro Jativoca.
O rio Bucarein corta alguns bairros da zona Sul da cidade, é canalizado na sua maior extensão e também deságua no Cachoeira. Causa problemas de alagamento entre as ruas Monsenhor Gercino e Santa Catarina. Por fim, o rio Mathias, que, por desaguar no Cachoeira também sofre influência das marés, é um dos responsáveis pelas cheias no centro da cidade. "Os rios canalizados sobem, a maré enche e em vez da água ter vazão para o Cachoeira, ela volta e toma as ruas. Alguns pontos podem ser revistos e modificados sem a necessidade de grandes investimentos", acreditam os engenheiros Cassiano Garcia e Leones Grelpel, da divisão de drenagem urbana da Secretaria de Infra-estrutura de Joinville.
"Em relação ao rio Águas Vermelhas, por exemplo, não existe o que fazer. Na verdade é o próprio rio Itapocu que represa suas águas e acaba provocando o alagamento no Jativoca. No entanto, todo mundo sabe que o loteamento atingido foi construído em área irregular, em área de risco. O ideal é mesmo retirar todo mundo de lá, porque a enchente pode dar trégua um ano, mas voltar no ano seguinte", alerta Cassiano. "Já o rio Bucarein deveria ter oito metros de vazão na ponte da rua Botafogo, no bairro Floresta, onde tem apenas quatro metros. Para acabar com os alagamentos naquela região é preciso dar vazão ao rio", determina.
"No caso do rio Mathias, o ideal é que ele passasse por baixo de uma rua no centro da cidade. Existe um perigo invisível aos nosso olhos, que são as erosões que vêm se desenvolvendo com o passar do tempo", adverte. Os engenheiros da Seinfra explicam que desde 1983 existe uma regulamentação de áreas não edificáveis que proíbe construções sobre rios e ribeirões. "Hoje não é permitido, mas existem muitas construções irregulares", aponta Cassiano.

Fonte:Jornal A Notícia(23/06/2000)

2 comentários:

ROGÉRIO GIESSEL disse...

Pois é Juliano! O sr. Cassiano só não explicou qual foi o critério
para se conceder licença para a Sociesc da Marques de Olinda. Lá, as paredes do prédio fazem divisa com o rio. Não existe nem 1 cm de recuo.

Juliano Carvalho Bueno disse...

Justamente a lei não foi respeitada...Faltou fis-ca-li-za-ção Rogério.