O orquidófilo Carlos Manteuffel, 78 anos, mantém viva na memória a imagem do ribeirão Mathias, com suas águas límpidas e transparentes, próprias para o consumo em alguns pontos. A ação do homem naquela época ainda não havia degradado e poluído totalmente o ribeirão, que é reconhecido pelos historiadores como o berço de Joinville. Os colonizadores chegaram pelo rio Cachoeira, mas foram construindo a cidade às margens do "Mathias bach", como era chamado pelos imigrantes e por várias gerações depois deles.
Hoje a situação do ribeirão, que poucas pessoas conhecem, preocupa não somente os moradores mais antigos da cidade, mas principalmente o poder público, que já não tem mais condições de avaliar a estrutura antiga das canalizações. Seu Carlos fica impressionado com a situação do riacho, que, segundo ele, acabou se tornando apenas uma vala de esgoto que corta o centro da cidade. Realidade bem diferente dos seus tempos de criança.
Os engenheiros Cassiano Garcia e Leones Grelpel, da divisão de drenagem urbana da Secretaria de Infra-estrutura de Joinville, admitem a impossibilidade de fazer a manutenção do trecho subterrâneo do riacho que fica entre a rua Pedro Lobo e o ginásio Abel Schulz. A nascente do Mathias fica na região conhecida como invernada, no fundos do 8º Batalhão, no bairro Atiradores.
Fonte:Jornal A Notícia(23/06/2000)
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