Salaro disse ainda que foi muito criticado pela entrevista que fez com o casal Nardoni, no caso de Isabella, assunto que foi pauta da mídia por meses. “Fui muito criticado por não pressionar o casal em entrevista, mas não cabe ao jornalista condenar”, afirmou.
O jornalista discorda do uso do termo repórter investigativo. “Não concordo que o jornalista de polícia seja classificado como repórter investigativo, porque quase sempre nós usamos uma fonte oficial, uma informação oficial da polícia, de um delegado”, explicou.
Para Salaro, o repórter de polícia enfrenta desafios diários. “Existe muita arrogância no jornalismo e o profissional que cobre essa área sofre muitos preconceitos dentro da redação”.
O repórter lembrou do caso de Suzane von Richthofen. “Se o mesmo acontecesse na periferia, ninguém cobriria, mas como é uma moça rica e que fala duas línguas, todo mundo cobre”, criticou.
O jornalista também fez outra crítica à imprensa, por haver poucos representantes da mídia no evento, que contou com a maioria de policiais. “Vejo poucos colegas jornalistas aqui, e esse assunto é fundamental para nós, precisamos fazer uma reflexão”, concluiu.
Fonte:Rogério Giessel(23/10/2009)
Nenhum comentário:
Postar um comentário