Crianças de 11, 12 anos estão agredindo os professores em sala de aula. Onde a relação de respeito se rompeu? E o que leva um aluno a agredir o adulto com o qual deveria aprender as regras sociais? Os educadores temem novas agressões e defendem punições mais rígidas.Nesta semana, foram pelo menos três casos de agressão em unidades de ensino do país. Em Campinas, uma professora teve queimaduras nas pernas depois de ser colada na cadeira por três alunos de quinta série. Em Aracaju, os cabelos de uma coordenadora ficaram na mão do adolescente de 14 anos. E uma aluna de 13 anos foi armada para a escola, em Brasília. Ela apontou a arma para duas educadoras, ameaçou matá-las, mas o revólver falhou. Assustada, a coordenadora, que presenciou a cena, não foi mais trabalhar.Uma pesquisa realizada pela Fundação SM e pela Organização dos Estados Iberoamericanos mostrou que a agressão aparece como uma das maiores preocupações dos professores brasileiros.O levantamento foi feito com 8.773 professores, em 19 estados. Para 83% deles, deveriam ser tomadas medidas mais duras em relação ao comportamento de alunos, como a expulsão da escola.Outro problema apontado pelos entrevistados é a falta de interesse da família. Para 91,7% deles, os pais delegam cada vez mais parte de suas responsabilidades educativas à escola. A maioria dos docentes acredita também que eles não prestam atenção nas atividades dos filhos.O coordenador da pesquisa, Igor Mauro, diz que é necessário tentar estabelecer um diálogo mais próximo entre escola, família e professor. "Muitos pais que hoje têm seus filhos nas escolas não tiveram oportunidade de convivência escolar e se sentem despreparados para contribuir com o trabalho do professor", afirma.
Fonte: Resumo On Line(27/09/2008)
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