*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quem mais se aproveita da desgraça alheia.

Leitores, podem notar que sempre após uma desgraça pessoal, familiar, os vampiros da audiência saem da toca e transformam-na em tragédia nacional.

São tantas autoridades, especialistas, dando entrevistas e mais entrevistas.

E o fazem com ar teatral de dar inveja ao “Alberto Roberto”, personagem de Chico Anyzio.

Os jornalistas fazem sua parte. Se aquele fato, por mais desagradável que seja, é notícia, eles vão ao encontro dela.

Repetem a exaustão, pois é o seu serviço e a audiência está nas alturas.

E os parentes? Como a mãe de quem morreu brutalmente, está disposta a dar tantas entrevistas?

O que faz um irmão dando várias entrevistas de cabelo arrumado, terno e gravata na TV?

Se tivessem matado um irmão meu, a cada vez que me colocassem um microfone na minha frente eu pediria justiça, de Deus, da lei ou dos homens (no caso os presos companheiros do vagabundo dentro da cadeia).

Qualquer pessoa normal estaria abalada, triste e chorando copiosamente.

Mas o que se vê, são “parentes” que se aproveitam da situação. Corre o risco de uma irmã, prima, da vítima sair pelada numa revista masculina. Ou os irmãos lançarem uma dupla sertaneja no Faustão.

Lembram como o pai do Michael Jackson trouxe os holofotes para si após a morte do filho, com o qual não se relacionava a tempos?

Podem notar que estão belos e formosos dando várias entrevistas, por vezes sorrindo.

Sorrindo de quê?

São uns parentes de “Mércia” mesmo.

Paulo Curvello

Balneário Camboriú

curvell@terra.com.br

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