*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Preservação do trem,por Fabio Dalonso*

Depois que foi anunciado o projeto de construção do novo ramal ferroviário que não passa pelo centro de Joinville começaram as especulações sobre o destino dos trilhos na área urbana. Acredito que a melhor opção seria aproveitá-los para uso turístico e transporte de passageiros urbanos, através do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), como é bastante comum em cidades européias. Em alguns locais como Santos (SP) e Fortaleza (CE) as autoridades tem debatido projetos para implantar esta nova modalidade de transportes sobre os trilhos ferroviários. Para tanto entrou com moção sugerindo ao Executivo Municipal que estude a possibilidade de se adotar esta sugestão.

O VLT (que lembra um ônibus sobre trilhos e que pode ser movido a diesel ou eletricidade) tem tudo para ser viável economicamente, atraindo um número adequado de passageiros, pois o trajeto da ferrovia passa pela zona Sul da cidade, uma das mais povoadas. As atuais empresas de ônibus urbano de Joinville, que atuam com eficiência, poderiam também adotar esta nova modalidade de transporte. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) já anunciou que pretende financiar a fabricação de material para os projetos de VLT.

Um outro fator importante para a permanência dos trilhos é o turismo. Com a restauração do prédio centenário da estação ferroviária de Joinville, que serviu como símbolo da cidade nos festejos do sesquicentenário, seria ilógico que ficasse sem os trilhos. A idéia seria, futuramente, colocar um trem Maria-fumaça entre Joinville e São Bento do Sul para o transporte de turistas nos fins de semana. O ponto de partida seria na estação ferroviária, relembrando imagens da primeira metade do século 20.

Portanto, diante destas alternativas, o correto é preservar este patrimônio que faz parte da história de Joinville. Os transtornos maiores são causados pela fila quilométrica dos vagões de carga, que não mais circularão ali. O tráfego do VLT, com um ou dois vagões, não provocariam congestionamentos de trânsito. A modernidade não pode sair dos trilhos.
* Fabio Dalonso ex-presidente da Câmara de Vereadores de Joinville.

Um comentário:

Unknown disse...

Ainda bem que as lamparinas do juízo do Fabio Dalonso estão todas acesas.Enquanto muitos agem como os macaquinhos cego,surdo e mudo...Espero que ele consiga sensibilizar "as pessoas" sobre a importância para a nossa cidade da permanência dos trilhos,e o uso para o turismo que em nossa cidade vai de mal a pior.Nada de fazer mais via pra mais carro no lugar dos trilhos.Parabéns Fabio Dalonso.