*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

FEUDALISMO, CORONELISMO E O VOTO DE CABRESTO

Observando com atenção a História percebe-se que o feudalismo português perpetuou–se no Brasil até os dias atuais. A prática feudal foi herdada pelos coronéis, daí advindo o brasileirismo Coronelismo. Os coronéis grandes senhores de terras passaram também a influenciar no âmbito político local. Primeiramente colocando no poder políticos que servissem aos seus interesses e mais tarde eles mesmos assumindo a condição de representantes da sua própria região. O voto de cabresto é institucionalizado transformando a eleição em mero instrumento protocolar sem legitimidade. Ainda de forma disfarçada, o cabresto é praticado em Santa Catarina. Aqui a mentalidade feudal permanece através das alianças políticas dentro da velha estrutura de privilegiar alguns nomes desde que estes prestem favores a empresários ou políticos influentes, conhecidos como padrinhos políticos. O padrinho político exerce seu poder e influencia em toda hierarquia e praticamente em todos setores do governo. São eles que através de nomeações privilegiam seus apoiadores com cargos de confiança. Com isso, a máquina pública acaba inchando deixando de lado a meritocracia, ou seja, o mérito pessoal e profissional para se alçar a tais cargos públicos. O serviço público é visto como algo pessoal e não como um bem comum a todos. Mudar essa visão do brasileiro de que o que é público não pertence a ninguém será uma tarefa árdua para mudar um país que se acostumou com um Estado onde o clientelismo e os conchavos são práticas consideradas normais para se alcançar o poder.

2 comentários:

Unknown disse...

É só o que se tem na política.
Beijos!!

Juliano Carvalho Bueno disse...

Outro Janice