Observando com atenção a História percebe-se que o feudalismo português
perpetuou–se no Brasil até os dias atuais. A prática feudal foi herdada
pelos coronéis, daí advindo o brasileirismo Coronelismo. Os coronéis
grandes senhores de terras passaram também a influenciar no âmbito
político local. Primeiramente colocando no poder políticos que servissem
aos seus interesses e mais tarde eles mesmos assumindo a condição de
representantes da sua própria região. O
voto de cabresto é institucionalizado transformando a eleição em mero
instrumento protocolar sem legitimidade. Ainda de forma disfarçada, o
cabresto é praticado em Santa Catarina. Aqui a mentalidade feudal
permanece através das alianças políticas dentro da velha estrutura de
privilegiar alguns nomes desde que estes prestem favores a empresários
ou políticos influentes, conhecidos como padrinhos políticos. O padrinho
político exerce seu poder e influencia em toda hierarquia e
praticamente em todos setores do governo. São eles que através de
nomeações privilegiam seus apoiadores com cargos de confiança. Com isso,
a máquina pública acaba inchando deixando de lado a meritocracia, ou
seja, o mérito pessoal e profissional para se alçar a tais cargos
públicos. O serviço público é visto como algo pessoal e não como um bem
comum a todos. Mudar essa visão do brasileiro de que o que é público não
pertence a ninguém será uma tarefa árdua para mudar um país que se
acostumou com um Estado onde o clientelismo e os conchavos são
práticas consideradas normais para se alcançar o poder.
2 comentários:
É só o que se tem na política.
Beijos!!
Outro Janice
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