O caso do menino Gustavo Luís Gomes de Souza, de cinco anos, que morreu após ser atacado por um cachorro em Capão da Canoa na terça-feira, revela uma carência do sistema de saúde do Litoral Norte. Conforme o diretor técnico do Hospital Santa Luzia, Nery Martins Neto, não há UTIs pediátricas e cirurgiões vasculares entre Torres e Osório.
Após o ataque de terça, em função da gravidade das lesões sofridas por Gustavo na região cervical, o menino, que teve rompidas a artéria carótida e a veia jugular, precisou ser removido de avião para Porto Alegre, a mais de 130 quilômetros de distância. Na Capital, após ser reanimado várias vezes, ele não resistiu e morreu.
— Foi feita uma clipagem para que fosse estancado o sangramento, mas seria necessária uma cirurgia de alta complexidade para reconstituir os vasos rompidos e restabelecer o fluxo sanguíneo — afirma Neto.
O diretor, porém, salienta que, mesmo se houvesse um cirurgião vascular na região, a chance de sobrevivência de Gustavo continuaria sendo pequena:
— Ele perdeu muito sangue e teve três paradas cardiorrespiratórias quando ainda estava sendo atendido em Capão.Fonte: Zero Hora (15/02/2012)
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