O governo brasileiro está iniciando, neste ano eleitoral e via BNDES, a distribuição dos créditos relativos à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, estado do Pará, Amazônia brasileira. O total de créditos a serem consignados - ainda antes das eleições gerais de outubro! - orça em cerca de 16 bilhões de reais.
Há oposição à construção da usina. Os danos ambientais e ecológicos decorrentes de sua construção se estenderiam por dezenas de milhares de quilômetros de Floresta Amazônica. Só o lago da represa apodreceria quase mil quilômetros quadrados da floresta mais exuberante da Terra. Há comunidades indígenas vivendo na área a ser inundada. Os estudos e levantamentos apresentados para atender o processo de licenciamento ambiental não são suficientes e, em muitos pontos, incompletos e inconcludentes. Há também uma ausência de ações do governo brasileiro no sentido de uma política de utilização racional de energia elétrica.
A favor da construção da usina estão os argumentos clássicos apresentados nestes casos. A construção gerará empregos - que deixarão de existir ao final da obra, obrigando a liberação de novos créditos para uma obra seguinte. Quando a usina estiver funcionando, ela gerará empregos, embora poucos e não para os habitantes da área atingida. Os animais que vivem na área a ser inundada serão retirados, embora não se saiba exatamente o que será feito deles. A energia produzida possibilitará um aumento na produção de minérios no estado do Pará, minérios estes que são exportados e cuja extração representa, também, pesados danos aos ecossistemas amazônicos. A usina aumentará a oferta de energia elétrica para as cidades de todo o Brasil, energia esta que é bastante usada em iluminação pública externa sem nenhum critério, com grande percentual de desperdício, sem política de conservação por parte do mesmo governo que se mostra ansioso por liberar, em pleno período eleitoral, 16 bilhões de reais para uma obra duvidosa e NENHUM CENTAVO em programas de combate à POLUIÇÃO LUMINOSA.
O modelo desenvolvimentista "progressista" se baseia em MAIS, nunca MELHOR. As ocasiões forjam decisões sectárias e os projetos são impostos à sociedade, indiscutíveis. Para algo ser BOM, basta ser MAIS. Se um projeto possibilita MAIS, então ele é automaticamente recebido como BOM, sem estudo de alternativas.
O Brasil não investe 16 bilhões de reais em pesquisa de novas fontes de geração. Isso sim geraria empregos, em pesquisa, em desenvolvimento de tecnologia, em ciência. Mas destina 16 bilhões de reais a um dano ambiental de grandes proporções, que afetará uma região nobre do rio Xingú, em pleno coração da Amazônia.
Você se importa com a POLUIÇÃO LUMINOSA? Então você se importa com geração e uso responsáveis de energia. Ou você também acha que, quando se trata de energia, quanto mais melhor, sem se preocupar com as conseqüências ambientais da geração irresponsável?
Milton Wendel
Há oposição à construção da usina. Os danos ambientais e ecológicos decorrentes de sua construção se estenderiam por dezenas de milhares de quilômetros de Floresta Amazônica. Só o lago da represa apodreceria quase mil quilômetros quadrados da floresta mais exuberante da Terra. Há comunidades indígenas vivendo na área a ser inundada. Os estudos e levantamentos apresentados para atender o processo de licenciamento ambiental não são suficientes e, em muitos pontos, incompletos e inconcludentes. Há também uma ausência de ações do governo brasileiro no sentido de uma política de utilização racional de energia elétrica.
A favor da construção da usina estão os argumentos clássicos apresentados nestes casos. A construção gerará empregos - que deixarão de existir ao final da obra, obrigando a liberação de novos créditos para uma obra seguinte. Quando a usina estiver funcionando, ela gerará empregos, embora poucos e não para os habitantes da área atingida. Os animais que vivem na área a ser inundada serão retirados, embora não se saiba exatamente o que será feito deles. A energia produzida possibilitará um aumento na produção de minérios no estado do Pará, minérios estes que são exportados e cuja extração representa, também, pesados danos aos ecossistemas amazônicos. A usina aumentará a oferta de energia elétrica para as cidades de todo o Brasil, energia esta que é bastante usada em iluminação pública externa sem nenhum critério, com grande percentual de desperdício, sem política de conservação por parte do mesmo governo que se mostra ansioso por liberar, em pleno período eleitoral, 16 bilhões de reais para uma obra duvidosa e NENHUM CENTAVO em programas de combate à POLUIÇÃO LUMINOSA.
O modelo desenvolvimentista "progressista" se baseia em MAIS, nunca MELHOR. As ocasiões forjam decisões sectárias e os projetos são impostos à sociedade, indiscutíveis. Para algo ser BOM, basta ser MAIS. Se um projeto possibilita MAIS, então ele é automaticamente recebido como BOM, sem estudo de alternativas.
O Brasil não investe 16 bilhões de reais em pesquisa de novas fontes de geração. Isso sim geraria empregos, em pesquisa, em desenvolvimento de tecnologia, em ciência. Mas destina 16 bilhões de reais a um dano ambiental de grandes proporções, que afetará uma região nobre do rio Xingú, em pleno coração da Amazônia.
Você se importa com a POLUIÇÃO LUMINOSA? Então você se importa com geração e uso responsáveis de energia. Ou você também acha que, quando se trata de energia, quanto mais melhor, sem se preocupar com as conseqüências ambientais da geração irresponsável?
Milton Wendel
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