*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho

domingo, 22 de outubro de 2017

A BANALIZAÇÃO DO MAL

Vivemos hoje o descaso, o esquecimento, o desprezo pelas coisas, por pessoas, pela história. Cultua-se o descartável...o efêmero. Vivemos a época do cumprimento de metas e do respeito apenas a uma burocracia. Tudo hoje se resume a metas e estatísticas que na maioria das vezes não condizem com a realidade. Cito aqui a filósofa alemã Hannah Arendt(foto), de origem judaica, que formulou o conceito " a banalidade do mal " para se referir ao holocausto judeu. Os nazistas exterminaram os judeus pois simplesmente recebiam ordens e por isso tinham que cumpri-las. Os nazistas tinham perdido a capacidade do julgamento moral. Hoje em nome da burocracia ,das metas econômicas e da manutenção do poder, absolvemos políticos corruptos, promovemos exposições de homens nus, cortamos verbas para a saúde e educação, soltamos bandidos por falta de cadeia,
aprovam-se alunos que não se esforçam e o governo fecha ruas , avenidas e escolas(caso aqui de Joinville). O desvio de conduta, a prática do mal e a inversão de valores são praticados a todo momento pelo Estado e pela população. Hannah Arendt tinha razão: banalizamos o mal e perdemos o sentido verdadeiro da vida.