Vivemos hoje o descaso, o esquecimento, o desprezo pelas coisas, por
pessoas, pela história. Cultua-se o descartável...o efêmero. Vivemos a época do cumprimento de metas e do
respeito apenas a uma burocracia. Tudo hoje se resume a metas e estatísticas
que na maioria das vezes não condizem com a realidade. Cito aqui a
filósofa alemã Hannah Arendt(foto), de origem judaica, que formulou o
conceito " a banalidade do mal " para se referir ao holocausto judeu. Os
nazistas exterminaram os judeus pois simplesmente recebiam ordens e por isso tinham que cumpri-las.
Os nazistas tinham perdido a capacidade do julgamento moral. Hoje em
nome da burocracia ,das metas econômicas e da manutenção do poder, absolvemos políticos
corruptos, promovemos exposições de homens nus, cortamos verbas para a
saúde e educação, soltamos bandidos por falta de cadeia,
aprovam-se alunos que não se esforçam e o governo fecha ruas , avenidas e escolas(caso aqui de Joinville). O desvio de conduta, a
prática do mal e a inversão de valores são
praticados a todo momento pelo Estado e pela população. Hannah Arendt tinha razão: banalizamos o mal e perdemos o sentido verdadeiro da vida.