Um texto muito interessante
Durante
muitos anos eu fechei meus olhos para algumas situações que aconteciam
em Joinville. Talvez pelo meu bairrismo, ou por falta de uma noção de
totalidade, não admitia que Joinville era uma vila com tamanho de cidade
média. Hoje percebo o quanto estive errado, pois, ao analisar a
dinâmica social de nossa cidade, identifico que o senso comum domina, e o
poder de crítica é extremamente combatido.
Tudo começa quando encontramos um sistema público de ensino deficitário,
em todos os níveis. Por mais que tenhamos uma grande taxa de
alfabetização, somos reféns de escolas interditadas e um plano
pedagógico que ceifa a construção crítica de nossos jovens,
submetendo-os apenas aos "desafios" de um tal mercado de trabalho. Os
poucos que escapam desta lógica que forma, ao invés de construir
conhecimento, esbarram na etapa seguinte: a desvalorização.
Como o mercado de trabalho (principalmente em Joinville, reduto ideal da
lógica industrial) não valoriza a crítica, muitos saem de Joinville em
busca de novos ares. Nosso amigo Zé Baço sempre nos alertou sobre isso
aqui neste espaço. Os que por aqui permanecem não encontram uma
Universidade (pública ou privada) que seja receptiva a este tipo de
pessoas. A cidade é um harém do senso comum, reprodutora de todas as
principais regras deste poder simbólico (resultante de vários
interesses, principalmente econômicos) que domina, segrega e aliena. O
cinza característico do cenário urbano industrializado é a mesma cor da
produção intelectual.
O processo é cíclico e preocupante. A participação popular, de natureza
essencialmente crítica, é anulada pela opressão ou pelo preconceito
construído e propagado nos espaços acríticos da cidade. Desta forma, a
cidade sempre será palco para alguns e espaço de plateia para quase
todos. As coisas erradas acontecem diante de nossos olhos e a vila se
resigna: segregação, preconceito, violência, mídia parcial, omissão do
poder público, egoísmos, falta de alteridade e coletividade,
acomodação... são algumas características do típico joinvilense.
É muito mais fácil criticar quem faz a crítica sem produzir um debate de
ideias. O joinvilense (sem querer generalizar) é fanático pela crítica à
conduta pessoal, e não pelas concepções de mundo do criticado. É só ver
os comentários recentes em vários posts aqui do Chuva Ácida. O
joinvilense adora ver e ser visto. Vive de aparências, de fetiches, de
fábulas urbanas. É um bolha! (Me rendo, Felipe!) Não participa. É um
dominado e gosta desta condição. Acredita em tudo o que vê na TV ou ouve
no rádio. Vai na onda dos outros. Lota os shoppings nos fins de semana
porque tem preguiça de cobrar do poder público grandes parques ou
qualidade dos passeios urbanos (calçadas e demais vias). Troca de carro
todo ano por status. Critica o transporte coletivo sem utilizá-lo. Faz
faculdade para ter um diploma e não para adquirir conhecimento. Faz
enormes festas de formatura e casamentos por pura aparência. Considera
desenvolvimento urbano a mesma coisa que crescimento econômico. Tem medo
do diferente e de quem pensa diferente de si.
Existem momentos em que tenho vergonha de ser joinvilense e dos passos
desta cidade. Não sou adepto do "ame-a ou deixe-a", mas sim do "faça de
tudo para mudar aquilo que não te agrada". É por isso que luto para não
sair daqui em busca de outras oportunidades.
*Retirado do blog Chuva Ácida
*Verus philosophus est amator Dei - Santo Agostinho
segunda-feira, 29 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
O PECADO DA OMISSÃO, POR MARCIO MOTTA*
O PECADO DA OMISSÃO
Tiago: 4. 17
Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.
Este versículo nos confronta e desconstrói uma crença de que somente quando cometemos algum erro é que estamos em pecado, já que ele nos diz, de uma forma muito clara, que o fato de deixar de fazer o que é correto também é.
Isto nos
leva a uma reflexão a respeito daquilo que fazemos e deixamos de fazer,
pois a partir do instante que chegamos a essa conclusão, muitas das
coisas que não estamos fazendo e a respeito das quais achávamos estar
tomando a atitude correta, está nos levando a ser tão pecadores quanto
as pessoas que cometem seu erros.
É evidente que estamos falando de omissão, que nada mais é do que nos silenciar
diante de determinadas coisas, ficarmos mudos diante de fatos onde
deveríamos nos posicionar, deixar de lado aquilo que não poderia ser
deixado.
O
interessante é que quando nos omitimos em uma determinada situação e
deixamos de lado alguma coisa que deveria ser denunciada, não parece tão
grave quanto o fato praticarmos algum ato que esteja em descordo com os
padrões. O que precisamos entender, e ficar bem claro, é que os dois
estão errados e carregam o mesmo peso diante de Deus, o fato de ficarmos
em nosso canto, não querendo se envolver, fingindo-se de morto é uma
falta tão grave quanto cometer um erro, por isso um é chamado de pecado de comissão e o outro de pecado de omissão.
Sendo assim, se podemos fazer o bem e não fazemos estamos sendo tão pecadores quantos
aqueles que fazem o mal e o problema maior é que jamais conseguiremos
esconder isso de Deus, ou seja, Ele sabe muito bem tudo aquilo que
podemos e não podemos, já que é Ele que nos capacita e nos dá todas as
condições de continuar.
Isso
colocado nós devemos ter em mente que se podemos fazer o bem, façamos,
se precisamos nos aproximar de alguém de quem estamos longe,
aproximemos, se precisamos perdoar a alguém, perdoemos, isto é, não podemos ficar ignorando aquilo que precisamos fazer e cometendo o pecado da omissão.
* Retirado do sítio www.palavrafiel.com.br
IMAGINE SE NÃO EXISTISSE ...
Advogado e sindicato. Todo mundo critica, mas na hora do aperto são os primeiros a serem lembrados.
TILÁPIAS NO RIO CACHOEIRA
Fui hoje pela manhã na rua do lazer e parei na "pinguela" em frente o Centreventos. Eu e outras pessoas observavamos as tilápias brincando nas águas. Logo logo estaremos nadando ali. Te cuida Enseada e Barra do Sul.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
ISSO É ESTRATÉGIA POLÍTICA ??? OU O FIM DA DEMOCRACIA NO BRASIL ???
Defender uma chapa que seja composta por candidatos do PMDB - PSD - PSDB - PP e PT ? A democracia corre sério risco no Brasil . Aliás, que democracia ???
terça-feira, 23 de abril de 2013
PALAVRAS DE WITTICH FREITAG!!!
Palavras de Wittich Freitag!!!
(...) Quando assumi em janeiro(...) encontrei a Prefeitura com
pagamentos atrasados em três,quatro até cinco meses com fornecedores.
Ninguém mais queria vender para a Prefeitura,não havia crédito para
comprar um pão(...) O fato é que a Prefeitura comprava mal,pagava caro e
pagava mal. Eu estava com as mãos amarradas e percebia que dificilmente
poderia realizar,nos próximos meses,as obras com as quais me
comprometera(...)***
***Palavras do prefeito Wittich Freitag ao assumir a prefeitura de Joinville em 1983.
Fonte: Eu, Wittich Freitag, livro da historiadora Raquel S.Thiago,páginas 172 e 173.
PROFESSORES URGENTE, UM TEXTO DE SANDRA GUEDES*
Sou solidária a todos(as) professores(as) de nosso país que procuram
melhores condições de trabalho e salário, que buscam a dignidade de
trabalhar em segurança e ter uma perspectiva de futuro!
É preciso fazer alguma coisa URGENTE antes que o vazio de professores que já está evidente em grande parte das escolas brasileiras se acentue ainda mais! As licenciaturas se esvaziam e fecham as portas a cada dia e isso se reflete nas escolas que não tem professores em diferentes disciplinas. Quem quer ser professor com as condições de trabalho e de salário existentes?
Está mais do que na hora de mudar e não é aumentando os dias letivos, sobrecarregando os professores e alunos de trabalho que o ensino vai melhorar. O quadro que está se posto levará anos para ser modificado. Não se formam professores do dia para a noite!
É preciso fazer alguma coisa URGENTE antes que o vazio de professores que já está evidente em grande parte das escolas brasileiras se acentue ainda mais! As licenciaturas se esvaziam e fecham as portas a cada dia e isso se reflete nas escolas que não tem professores em diferentes disciplinas. Quem quer ser professor com as condições de trabalho e de salário existentes?
Está mais do que na hora de mudar e não é aumentando os dias letivos, sobrecarregando os professores e alunos de trabalho que o ensino vai melhorar. O quadro que está se posto levará anos para ser modificado. Não se formam professores do dia para a noite!
* A dra. Sandra Guedes é professora no Curso de História da Univille - Joinville
domingo, 21 de abril de 2013
HELP!!!
Além de Joinville não ter investimentos em sua estrutura viária e demais equipamentos públicos, o poder público não tem capacidade de gerir e corrigir os já existentes. É uma barbaridade!!! Pior que parar no congestimento, é perceber o abandono da via: buracos, valas abertas , remendo no asfalto , vias sem sinalização ou mal sinalizadas.
terça-feira, 16 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
ERREI
Quando o Jec derrotou o Criciúma por 4 a 3 no 1º turno, tinha certeza que o clube iria ser campeão catarinense. Errei.
sábado, 13 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
EM RELAÇÃO A CISER - NINGUÉM FALA NADA ???
Acompanhei pela imprensa o fechamento da tradicional empresa joinvilense de parafusos - Ciser. Não vi a ACIJ - nem vereadores - nem nossos representantes em Florianópolis e Brasília manifestarem-se em defesa da permanência da Ciser em Joinville. É mais uma empresa que deixará nossa cidade. Por que essa passividade toda ??? E os empregos e impostos que o município irá deixar de ter e arrecadar ??? Vi o representante da empresa declarar que a Ciser respeitava as normas ambientais. A Busscar pediu falência e agora a Ciser irá para Araquari. Respeitar a natureza é bom. Mas uma cidade não funciona sem trabalho e dinheiro.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
SÁBIO COMO A SERPENTE , POR ARNALDO LELES*
Tenta alma,
acabar de chegar
quando os anjos
lhe abandonam,
pois anjos não
abandonam mas,
esperam que você faça
a sua parte.
Tenta alma, entender
que o tentador é
enviado por Deus,
na tentativa de salvar-lhe.
Tenta alma, saber
que salvação a granel
não existe.
Conhecer-se a si mesma
e meditar sobre o
sofrimento de toda criatura
estabanada que
pulula a superfície,
lhe trará o silêncio
que brota de dentro.
Só assim você pode ser sábia
como a serpente, que
não reclama da vida solitária
mas que, humildemente,
larga a casca da
velha vida insensata.
sábado, 6 de abril de 2013
CURITIBA AINDA É REFERÊNCIA EM MEDICINA PÚBLICA PARA JOINVILLE
A medicina privada de Joinville é referência para Santa Catarina e para o Brasil. Mas tem um bom preço... e quem pode pagar são poucos - a maioria são pacientes de outras cidades . Por esse motivo continuamos sendo vassalos dos hospitais públicos de Curitiba.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
A VELHA HISTÓRIA DA LIBERAÇÃO DE RECURSOS
Quero
ver até onde a prefeitura irá levar essa novela dos recursos para
"grandes obras" que nunca são realizadas aqui em Joinville. Visitar governador e falar com chefe de gabinete em Brasília e depois posar
para câmeras digitais está ficando banal. Mas pelo menos os pauteiros de jornais tem material para um novo jornal. Mas até quando esse namoro com a imprensa
irá durar ???
quinta-feira, 4 de abril de 2013
IGREJAS X ESCOLAS
Respeito todas as Igrejas. Mas uma coisa que eu acho injusta é a comunidade ajudar apenas as Igrejas. Enquanto isso, quando a
escola pede apenas R$ 1,00 por mês como contribuição para a APP (
Associação de Pais e Professores) que é uma associação criada justamente para ajudar na melhoria da estrutura
física e pedagógica para os estudantes, a comunidade não apoia, vai contra. Detalhe: Os filhos ficam
de segunda-feira à sexta-feira no ambiente escolar e na Igreja vão apenas
uma vez por semana. Claro que a escola é responsabilidade do Governo. Mas não contribuir com apenas R$ 1,00 ao mês para a escola do filho??? Isso é
vergonhoso. O mesmo povo que reclama que o Governo é injusto com os altos
impostos , é o mesmo que dá dinheiro aos montes para Igrejas pensando que irão garantir um lugar no céu.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
EM RELAÇÃO A JOINVILLE - UM TEXTO DE SERGIO DUPRAT
Prefiro um empresário
local que um político de passagem aventureiro e oportunista;
O recado das urnas
foi dado
Isto já é resultado
do inconsciente coletivo que busca por a casa em ordem.
A retomada da
cidadania dar-se-á por mobilização e participação
As duas ações demandam
tempo,
e tempo é uma riqueza
que a sociedade moderna não possui.
Perdemos o hábito
desde a época da ditadura.
Com a omissão da
sociedade os oportunistas se instalaram
e no decorrer dos últimos trinta anos se
fortaleceram e se estruturaram.
Quando os interesses da coletividade não se manifestam,
Os interesses individuais e oportunistas se estabelecem.
Cabe agora, à
sociedade recuperar o tempo perdido.
Cabe agora, aos
movimentos cidadãos retomar a participação e a fiscalização.
Qualquer .... repito:
qualquer cargo representativo, precisa ser fiscalizado e cobrado;
em todos os segmentos: privado (empresarial, coletivo ou
individual) ou público.
É desta forma que os
interesses dos representados serão defendidos.
Porém, é importante
que se tenha consciência de que não se trata de um embate.
Trata-se, isto sim,
da arte do debate ...falar, ouvir,
refletir, concluir respeitar e aceitar.
Entendo que não cabe
apontar vencidos ou vencedores.
A busca tem que ser
pela melhoria do TODO
Uma vez ouvi a
pérola:
“todo mundo tem a sua razão. O que atrapalha é a razão dos outros”
A sociedade é
composta por indivíduos, seus segmentos e interesses.
Neste universo
incluem-se: os empresários, o capital empreendedor, o capital especulativo,
o
político “Dom Quixote”, o político amarrado, os conservadores minimalistas,
os visionários
cosmopolitas, os ciclistas, os vendedores de automóveis,
a turma do chão da
fábrica que já sentiu no bolso um corte de horas extras
devido a uma crise européia,
os prestadores de
confortos “supérfluos” (primeiros a serem cortados nas horas de aperto),
os servidores, ... em suma: muita, muita
diversidade.
Oxalá tivéssemos
centenas de movimentos com a mobilização do Passe Livre (MPL),
defendendo os mais
diversos objetivos e pontos de vista.
A oportunidade da
apreciação das diferenças resulta em crescimento.
E é a constância
desta mobilização que trará o resultado pretendido.
Exigir o equilíbrio
perfeito ... justo e democrático, pode soar utópico agora.
Mas são os primeiros
passos para atingi-lo
O resultado, muito
provavelmente não será o ideal,
mas será o que for conquistado com a participação
dos que se dispuserem a
participar, somar e debater.
Retirado do blog patakaparau.blogspot.com
CARLITO X UDO - A DIFERENÇA
Bem, o Carlito enfrentou a imprensa - foi criticado por todos - foi teimoso - foi ingênuo em acreditar no PMDB e tal.
Em relação ao Udo - falar o que !!!
Quando não se pode nem falar mal...é que a coisa está pra lá de feia.
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